• Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • +55 (11) 2661-5310
  • (11) 94247- 4419
  • contato@triplei.com.br
Portal Triple I
  • Podcast
  • Eventos
  • Séries
    • Fundamentos em Cinecoronariografia
    • Fundamentos em Doenças Valvares
    • Fundamentos em Síndrome Coronária Crônica
  • O Triple I
  • Corpo Editorial
  • Conteúdos
    • Anticoagulação
    • Cardiologia Intervencionista
    • Casos Clínicos
    • Coronária Aguda
    • Cirurgia Cardíaca
    • Coronária Crônica
    • Diagnóstico e Tratamento
    • Estenose Aórtica
    • Estenose Mitral
    • Endocardite e Febre Reumática
    • INOCA/MINOCA e Anomalias
    • Insuficiência Aórtica
    • Insuficiência Mitral
    • 5 minutos em Valvopatias
    • Tricúspide
  • Contato
  • Pesquisa
  • Menu Menu

Diretriz da ESC 2024 para o manejo das síndromes coronárias crônicas: o que mudou?

Dra. Luhanda Monti

 

Diagnóstico

A abordagem inicial para investigação e tratamento de um paciente com dor torácica e suspeita de síndrome coronária crônica (SCC) ficou subdividida em 4 STEPS. O método empregado para determinar a probabilidade pré-teste de doença arterial coronária (DAC) aterosclerótica obstrutiva, usualmente feito pela classificação de Diamond forrester, sofreu modificações. A explicação foi de que a terapia médica contemporânea modificou a prevalência de DAC obstrutiva por idade, fazendo com que o antigo escore estivesse superestimando a probabilidade pré-teste de obstrução. O atual modelo utiliza além da idade, sexo e tipo de dor, um escore ponderado por fatores de risco, tornando o mesmo mais acurado.

O STEP 1 é uma abordagem clínica geral, visando diferenciar causas cardíacas vs. não cardíacas para dor torácica e descartar síndrome coronariana aguda (SCA). O STEP 2 é onde atua o especialista cardíaco, contempla avaliação de ecocardiograma transtorácico (EcoTT) de repouso e estimativa da probabilidade pré-teste de doença arterial coronária (DAC) obstrutiva epicárdica. Nesse momento, ainda orienta que o escore de cálcio coronário (IIa-B) ou o teste ergométrico (IIb-C)  podem ser utilizados para reclassificar pacientes de baixa probabilidade de DAC (>5-15%) para muito baixa ( <5%), categoria na qual os exames podem ser postergados.

O STEP 3 envolve a indicação de exames para diagnóstico e predição de risco para eventos futuros. Nesse cenário, a diretriz endossa que a angiografia por tomografia computadorizada (angioTC) coronária seja usada para diagnosticar DAC obstrutiva e estimar o risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) em indivíduos com suspeita de SCC e probabilidade pré-teste baixa ou moderada (>5%–50%) de DAC obstrutiva. Ao passo que naqueles com probabilidade pré-teste moderada ou alta (>15%–85%), há novas recomendações, Classe I sobre o uso de testes funcionais não invasivos, de acordo com a disponibilidade. Dessa forma, temos que, resumidamente de acordo com cada estrato de probabilidade pré-teste de DAC obstrutiva, temos: Na baixa probabilidade há forte recomendação de angioTC de coronárias (I-A)  na moderada probabilidade, pode-se escolher entre um método funcional ou anatômico não invasivo (classe I para os dois), muito embora a diretriz afirme que frequentemente, haverá necessidade de realizar exames funcionais e anatômicos de forma sequencial nessa categoria. Já na alta probabilidade, preferência foi para os testes funcionais (classe I) dado o seu maior valor preditivo positivo, além do objetivo em avaliar o impacto funcional da DAC, quando se trata de alta probabilidade, o que muito se pauta no conceito de “ischemia drive” que os europeus vem trazendo desde a diretriz passada. A cinecoronariografia invasiva (CINE) possui recomendação classe I para indivíduos com alta probabilidade pré (> 85%) ou pós-teste de DAC obstrutiva, sintomas limitantes ou refratários à terapia médica otimizada (TMO), angina em baixo nível de exercício e/ou alto risco de evento. É recomendado que estenoses ‘intermediárias’ tenham sua gravidade funcional avaliada por testes funcionais invasivos, como a reserva de fluxo fracionada (FFR) e razão livre de onda instantânea (iFR) ou quantitative low ratio (QFR) antes de uma possível revascularização.

A diretriz dedicou uma sessão especial à SCC não obstrutiva, Angina na ausência de DAC obstrutiva (ANOCA) e Isquemia na ausência de DAC obstrutiva (INOCA) e, incluiu a INOCA dentro do espectro da ANOCA pois cerca de 75% dos pacientes com ANOCA não terão isquemia documentada e, consequentemente, serão subdiagnosticados e subtratados. Nesses pacientes a diretriz traz opções de exames não invasivos, mas endossa e realização de teste funcional invasivos (I-B) para o seu diagnóstico, na ausência de DAC obstrutiva.

Tratamento da SCC obstrutiva

 O STEP 4 é marcado pela instituição do tratamento propriamente dito, e inclui modificação do estilo de vida e dos fatores de risco, juntamente com medicações modificadores da doença, bem como a indicação de revascularização do miocárdio na vigência de DAC de alto risco ou sintomas forem refratários ao TMO.

Na seara dos medicamentos, tivemos um upgrade para o uso de clopidogrel (I-A) como opção ao AAS. O uso da colchicina foi recomendado para melhora de prognóstico (IIa). O ácido bempedóico em pacientes intolerantes à estatina e que não atingem meta de LDL-c (55mg/dl) com ezetimibe recebe recomendação I-B e II-A para aqueles que não atingem meta de LDL-c com dose máxima tolerada de estatina +ezetimibe. Os agonistas de GLP-1 entraram com recomendação I-A em pacientes com DAC e diabetes e II-A se DAC com sobrepeso ou obesidade e sem diabetes.  Medicações anti-anginosas devem ser utilizadas de acordo com o perfil de cada paciente, priorizando betabloqueadores e bloqueadores de canais de cálcio.

Revascularização do Miocárdio

Na contramão da diretriz americana de revascularização do miocárdio e surpreendendo muitos cardiologistas, a ESC 2024 mostrou que o ISCHEMIA não veio para manter os pacientes com DAC crônica em tratamento clínico.

Dessa forma, os europeus deram um upgrade nas recomendações por prognóstico  com base numa série de evidências científicas contemporâneas. Começou comentando sobre a subanálise do ISCHEMIA que já mostrava redução significante de IAM espontâneo no grupo intervenção, cujo resultado foi corroborado por meta-análises consistentes. Na sequência, enfatizou os resultados do ISCHEMIA-EXTEND, considerando a redução de morte cardiovascular no grupo intervenção, mesmo com o aumento de morte não cardíaca e cita a melhora. Por fim, considerou uma meta-análise mais recente de RCTs que incluiu o maior acompanhamento disponível, demonstrando que a revascularização adicionada à TMO reduziu a morte cardíaca em comparação com TMO isoladamente, o que foi linearmente relacionado a uma menor taxa de IAM espontâneo.

Dessa forma, as indicações prognósticas para revascularização em pacientes com FE> 35%:

-Lesão funcionalmente significante em tronco de coronária esquerda (TCE), para aumento de sobrevida global, redução de morte CV e IAM espontâneo

– Lesão funcionalmente significante triarterial, para reduzir morte CV e IAM espontâneo

– Lesão funcionalmente significante uni ou biarterial com acometimento da artéria descendente anterior proximal, para reduzir morte CV e IAM espontâneo

Mediante a FE ≤ 35%

A escolha entre revascularizar vs. TMO isolado, deve ser feita de acordo com o Heart Team de forma individualizada (I-C). 

Quanto a modalidade de revascularização mais apropriada: intervenção coronária percutânea vs. Cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM), deve ser selecionada com base no perfil do paciente, anatomia coronária, fatores do procedimento, risco cirúrgico, preferência do paciente, expectativas de resultados e de acordo com o Heart Team em casos complexos.

A diretriz foi categórica em recomendar avaliação funcional FFR, iFR ou QFR, para guiar a revascularização de lesões intermediárias em multiarteriais (I-A) e o uso de imagem intravascular como IVUS ou OCT para guiar ICP complexas, com destaque a lesão em TCE (I-A).  Reconhece a superioridade da CRM em determinados subgrupos, tais como na lesão grave de TCE ou triarteriais com elevado SYNTAX principalmente na vigência de diabetes e/ou disfunção ventricular. Não obstante, ressalta os avanços da cardiologia intervencionista e sua aplicabilidade também em casos de maior complexidade, sobretudo na vigência de risco cirúrgico elevado. Dessa forma os europeus deram um upgrade com relação a diretriz passada para ICP, quando comparada à CRM, na lesão de TCE com SYNTAX > 33 (IIb) e na DAC multiarterial com diabetes e SYNTAX > 22 para IIa. Já quando a FE é ≤ 35% a ICP fica como II-B, muito pautado nos resultados do REVIVED-PCI.  

A esse respeito, a diretriz enfatiza a tomada de decisão compartilhada e centrada no paciente. Endossa com upgrade de recomendação (I-C), a tomada de decisão em Heart Team para indicação e escolha da modalidade de revascularização, em casos clinicamente ou anatomicamente complexos, principalmente quando a FE for ≤ 35%.

Referências:

  1. Vrints C, et al. 2024 ESC Guidelines on the management of chronic coronary syndromes. Eur Heart J. 2024. doi:10.1093/eurheartj/ehae177. 
  1. Navarese EP, Lansky AJ, Kereiakes DJ, Kubica J, Gurbel PA, GorogDA, et al.   Cardiac mortality in patients randomised to elective coronary revascularisation plus medical therapy or medical therapy alone: a systematic review and meta-analysis. Eur Heart J 2021;42:463–51.

 

https://triplei.com.br/wp-content/uploads/2024/09/Diretriz-da-ESC-2024-para-o-manejo-das-sindromes-coronarias-cronicas-o-que-mudou.png 500 985 Jessica https://triplei.com.br/wp-content/uploads/2023/06/logo-1.png Jessica2024-09-27 15:20:532025-01-01 09:49:02Diretriz da ESC 2024 para o manejo das síndromes coronárias crônicas: o que mudou?
0 respostas

Deixe uma resposta

Quer juntar-se a discussão?
Fique à vontade para contribuir!

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts

Popular
  • O Triple I - InCor Innovation in InterventionTudo o que você precisa saber sobre endocardite infecciosa...11 de julho de 2025 - 10:29
  • Portal Triple IInsuficiência Mitral atrial funcional8 de agosto de 2022 - 16:04
  • Portal Triple ICOAPT 5 anos8 de agosto de 2022 - 16:47
  • Portal Triple IHighlights ACC 20238 de agosto de 2022 - 16:54
Recente
  • O Triple I - InCor Innovation in InterventionTudo o que você precisa saber sobre endocardite infecciosa...11 de julho de 2025 - 10:29
  • O Triple I - InCor Innovation in InterventionFundamentos em doenças valvares – tudo o que você...4 de julho de 2025 - 10:25
  • O Triple I - InCor Innovation in InterventionFundamentos em doenças valvares – tudo o que você...25 de junho de 2025 - 10:53
  • O Triple I - InCor Innovation in InterventionUma nova solução para artérias coronárias de grande...17 de junho de 2025 - 17:37

Instagram

Youtube

Facebook

Spotify

O Portal Triple I (InCor Innovation in Intervention) é uma plataforma institucional que se designa à discussão científica de estratégias de tratamento e métodos diagnósticos inovadores, acerca da cardiopatia estrutural, doenças valvares e coronarianas em suas subáreas, que abarca a cardiologia clínica, cardiologia intervencionista e cirurgia cardíaca.

Informações

  • (11) 2661-5310
  • (11) 94247-4419
  • Das 08:00 às 18:00
  • Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44
    Pacaembu - SP

Apoio

Edwards

Especialidades

  • Anticoagulação
  • Cardiologia Intervencionista
  • Casos Clínicos
  • Cirurgia Cardíaca
  • Diagnóstico e Tratamento
  • Endocardite e Febre Reumática
  • Estenose Aórtica
  • Estenose Mitral
  • INOCA/MINOCA e Anomalia
  • Insuficiência Aórtica
  • Insuficiência Mitral
  • Tricúspide
  • 5 minutos em valvopatias

Páginas

  • Início
  • O Projeto
  • Corpo Editorial
  • Contato

Séries

  • Fundamentos em Cinecoronariografia
  • Fundamentos em Doenças Valvares
  • Fundamentos em Síndrome Coronária Crônica

Redes Sociais

  • Facebook
  • Spotify
  • Instagram
  • Youtube
  • X

Acompanhe

  • Podcast
  • Eventos

O Portal Triple I (InCor Innovation in Intervention) é uma plataforma institucional que se designa à discussão científica de estratégias de tratamento e métodos diagnósticos inovadores, acerca da cardiopatia estrutural, doenças valvares e coronarianas em suas subáreas, que abarca a cardiologia clínica, cardiologia intervencionista e cirurgia cardíaca.

Informações

  • (11) 2661-5310
  • (11) 94247-4419
  • Das 08:00 às 18:00
  • Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44
    Pacaembu - SP

Apoio

Edwards

Especialidades

  • Anticoagulação
  • Cardiologia Intervencionista
  • Casos Clínicos
  • Cirurgia Cardíaca
  • Diagnóstico e Tratamento
  • Endocardite e Febre Reumática
  • Estenose Aórtica
  • Estenose Mitral
  • INOCA/MINOCA e Anomalia
  • Insuficiência Aórtica
  • Insuficiência Mitral
  • Tricúspide
  • 5 minutos em valvopatias

Páginas

  • Início
  • O Projeto
  • Corpo Editorial
  • Contato

Séries

  • Fundamentos em Cinecoronariografia
  • Fundamentos em Doenças Valvares
  • Fundamentos em Síndrome Coronária Crônica

Redes Sociais

  • Facebook
  • Spotify
  • Instagram
  • Youtube
  • X

Acompanhe

  • Podcast
  • Eventos

Portal Triple I

O Triple I, de InCor Innovation in Intervention, é uma plataforma institucional para discussão científica em intervenção em cardiopatia estrutural e todas as inovações em que o corpo clínico está envolvido!

Informações

  • (11) 2661-5310
  • (11) 94247-4419
  • Das 08:00 às 18:00
  • Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44, Pacaembu - SP

Apoio

 

Páginas

  • Início
  • O Projeto
  • Corpo Editorial
  • Contato

Vídeos

  • Troca da valva aórtica em pacientes com doença renal crônica
  • Substituição da válvula aórtica transcateter em válvulas bioprotéticas transcateter com falha

Especialidades

  • Anticoagulação
  • Cardiologia Intervencionista
  • Casos Clínicos
  • Cirurgia Cardíaca
  • Diagnóstico e Tratamento
  • Endocardite e Febre Reumática
  • Estenose Aórtica
  • Estenose Mitral
  • INOCA/MINOCA e Anomalia
  • Insuficiência Aórtica
  • Insuficiência Mitral
  • Tricúspide
  • 5 minutos em valvopatias

2025 © Copyright - Portal Triple I by Agência Webgui
Fundamentos em Doenças Valvares – tudo o que você precisa saber sobre...O Triple I - InCor Innovation in InterventionO Triple I - InCor Innovation in InterventionEstudo SENIOR-RITA: as nuances da estratégia invasiva no tratamento de pacientes...
Scroll to top

Este site usa cookies para análises, personalização e publicidade. Reveja a nossa política de cookies para saber mais. Ao continuar a navegar, concorda com a nossa utilização de cookies.

AceitarPolítica de Cookies

Cookie and Privacy Settings



How we use cookies

We may request cookies to be set on your device. We use cookies to let us know when you visit our websites, how you interact with us, to enrich your user experience, and to customize your relationship with our website.

Click on the different category headings to find out more. You can also change some of your preferences. Note that blocking some types of cookies may impact your experience on our websites and the services we are able to offer.

Essential Website Cookies

These cookies are strictly necessary to provide you with services available through our website and to use some of its features.

Because these cookies are strictly necessary to deliver the website, refusing them will have impact how our site functions. You always can block or delete cookies by changing your browser settings and force blocking all cookies on this website. But this will always prompt you to accept/refuse cookies when revisiting our site.

We fully respect if you want to refuse cookies but to avoid asking you again and again kindly allow us to store a cookie for that. You are free to opt out any time or opt in for other cookies to get a better experience. If you refuse cookies we will remove all set cookies in our domain.

We provide you with a list of stored cookies on your computer in our domain so you can check what we stored. Due to security reasons we are not able to show or modify cookies from other domains. You can check these in your browser security settings.

Google Analytics Cookies

These cookies collect information that is used either in aggregate form to help us understand how our website is being used or how effective our marketing campaigns are, or to help us customize our website and application for you in order to enhance your experience.

If you do not want that we track your visit to our site you can disable tracking in your browser here:

Other external services

We also use different external services like Google Webfonts, Google Maps, and external Video providers. Since these providers may collect personal data like your IP address we allow you to block them here. Please be aware that this might heavily reduce the functionality and appearance of our site. Changes will take effect once you reload the page.

Google Webfont Settings:

Google Map Settings:

Google reCaptcha Settings:

Vimeo and Youtube video embeds:

Other cookies

The following cookies are also needed - You can choose if you want to allow them:

Privacy Policy

You can read about our cookies and privacy settings in detail on our Privacy Policy Page.

Política de privacidade
Aceitar Ocultar apenas notificação